Monday, December 11, 2006
Friday, December 01, 2006
- Quantas notas, maestro? - Três.
Maria Bethânia
Pássaro probido
Philips/Universal-1976
Relançamento em CD: 2006
Há 30 anos, Maria Bethânia, cantora já consolidada nos meios intelectuais, mas ainda com penetração tímida no mercado do grande público, lançava “Pássaro proibido” (Philips/Universal), disco que pode ser considerado o ponto central de sua carreira artística.
Maria Bethânia
Pássaro probido
Philips/Universal-1976
Relançamento em CD: 2006
Há 30 anos, Maria Bethânia, cantora já consolidada nos meios intelectuais, mas ainda com penetração tímida no mercado do grande público, lançava “Pássaro proibido” (Philips/Universal), disco que pode ser considerado o ponto central de sua carreira artística.
Conceitual como os anteriores e também como muitos que se seguiram, mesclava canções de seu conterrâneo e contemporâneo Gilberto Gil, “Balada do lado sem luz”, sambas de Custódio Mesquita e Herivelto Martins, “Mãe Maria” e “A Bahia te espera”, respectivamente, já gravados na década de 50 pela sua predileta (e grande influência) Dalva de Oliveira, batuque de louvor aos orixás, “As Ayabás”, “Amor, amor”, de Sueli Costa e Cacaso, e a faixa-título, composta e interpretada pelo irmão Caetano Veloso.
Mas o grande “hit” foi a balada “Olhos nos olhos”, de Chico Buarque, desde então clássico instantâneo do autor e da intérprete, responsável por tornar a “Abelha Rainha” uma artista de apelo popular, consagrada definitivamente pelos álbuns “Álibi” (1978) e “Mel” (1979), de vendagens milionárias.
Para o Arturo Guerra-Peixe do Lago
Agnaldo Timóteo
O sucesso é Agnaldo Timóteo
Odeon/EMI-1968
Relançamento em CD: 2002
Antes de se converter em político reacionário (embora tenha sido eleito deputado federal pelo PDT de Brizola nos anos 80), Agnaldo Timóteo gravou discos de enorme sucesso nas décadas de 60 e 70, como este auto-proclamado “O sucesso é Agnaldo Timóteo” (Odeon/EMI-1968).
O sucesso é Agnaldo Timóteo
Odeon/EMI-1968
Relançamento em CD: 2002
Antes de se converter em político reacionário (embora tenha sido eleito deputado federal pelo PDT de Brizola nos anos 80), Agnaldo Timóteo gravou discos de enorme sucesso nas décadas de 60 e 70, como este auto-proclamado “O sucesso é Agnaldo Timóteo” (Odeon/EMI-1968).
O repertório do álbum incluía muitas versões para músicas de grande êxito mundial. Dentre elas destacavam-se a italiana “Quando me enamoro” e o tema do filme ”The valley of dolls”, muito conhecido pela gravação da cantora Dionne Warwick, gravada pelo cantor como “O vale dos sonhos”. Os arranjos de orquestra – soberbos, com sopros, cordas e coro – ficaram a cargo dos maestros Orlando Silveira e Edmundo Peruzzi, que, com sua Orquestra Jovem, animou inúmeros bailes da Jovem Guarda.
O disco contava ainda com duas baladas dilacerantes compostas pela dupla porta-voz da “dor-de-cotovelo”, Evaldo Gouveia e Jair Amorim: “Adoração” e “Piedade, amor”, além de “Deixe-me outro dia, menos hoje”, pérola de Roberto e Erasmo Carlos, dada a Agnaldo especialmente para a gravação deste álbum.
Marlene
É a maior!
RGE/Fermata/Som Livre-1970
Relançamento em CD: 2006
Disco surpreendente da cantora paulistana Marlene que deu início a uma série de gravações reveladoras da faceta teatral da “Rainha do rádio”, cujo ponto culminante foi o espetáculo “Te pego pela palavra”, de 1974.
Sob a direção de Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, e acompanhada do conjunto liderado pelo excepcional Arthur Verocai, Marlene desfilava canções clássicas de seu repertório, como “Lata d’água” (Luiz Antônio/Jota Jr.), “Uva de caminhão” (Assis Valente) e o baião “Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), entremeadas por falas confessionais acerca de sua personalidade artística e do fardo pesado da fama, além de canções recentes: “País tropical” (Jorge Ben), “Mustang cor de sangue” (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle), sem deixar de registrar a sua interpretação intimista para “Coração vagabundo”, de Caetano Veloso.